
E a gente aqui, de luto pelo defunto...
Foi triste a apresentação da sociedade brasileira na abertura dos Jogos Panamericanos. As vaias ao presidente foram, no mínimo, burras. Não é assim que se resolve os problemas da sociedade.
Culpar o povo carioca é burrice. Quem estava lá não era só quem mora no Rio, mas sim o povo de todo o Brasil. Não é o Rio que desaprova o presidente, é uma porcentagem do país. Achar que esta foi uma manifestação puramente fluminense, repito, é burrice.
Não havia momento pior para o ato de vandalismo contra a pátria. Alguns dizem que as vaias já teriam sido ensaiadas (aqui [nota: vídeo não-oficial/amador] e aqui), outros que apenas defendem o presidente e mais alguns atacam o governo (aqui e aqui), esquecendo-se do real valor dos Jogos. O óbvio é que não era hora nem lugar.
A questão é que tínhamos o representante de nosso país na frente das câmeras de todo o mundo e, infelizmente, como os baderneiros do tempo de escola, o povo não soube se comportar. Covardemente culparam o presidente pela situação país e confundiram o momento com um jogo de futebol. Trataram o presidente como um juiz que anula um gol válido.
De maneira imbecil a sociedade brasileira, representada pelos milhares ali presentes, mostrou aquilo que tem de pior e perdeu uma grande chance de permanecer calada. Já é costume do brasileiro calar diante da bagunça e bagunçar onde está claro que não trará solução alguma. Mostramos ao mundo o quanto damos de ombros para o que pensam de nós e assinamos todos os atestados de burrice possíveis. Não nos damos o respeito. E sem perceber vaiamos a nós mesmos.