O fato é que o blog pessoal falava sobre as coisas pessoais de sempre: um convite enviado a um amigo que não pode ir e passou para outro amigo, que também não poderá ir. O problema começa por que esse avisou em cima da hora. O autor o compara com um terceiro que, dá a entender, bem mais educado, por ter avisado bem antes que não poderá ir. Faz algumas críticas ao "sem-educação" (as quais eu não resistiria em proclamar algumas boas sobre a sua mãe, pois tudo tem o seu lugar) e termina o texto citando uma parábola bíblica, dizendo que pedirá o convite de volta e o dará ao primeiro mendigo que encontrar na rua, por que "Pelo menos, ele se divertirá um pouco.".
Na internet, caros leitores, assim como na vida, nós podemos quase tudo, e com moderação. E é justamente nesse "quase" que muita gente esbarra quando pensa em enviar algo que pode ser lido em qualquer parte do mundo. Isso inclui blogs, flogs, portais de notícias, enfim, tudo o que é jogado para a grande rede e se torna visível para qualquer um.
A barreira do exagero está onde esse mesmo blog que eu estava lendo foi: a pessoalidade exacerbada em "local público". Não me importa saber sobre convites, bolos que as pessoas levam de gente "importante" ou recalques e preconceitos sobre pessoas que, na melhor de suas intenções, aceitaram fazer parte de uma comemoração que, via ou outra, só agradaria ao próprio autor. E o autor
O propósito dele ao afirmar em seu blog, que faz parte da Globo.com, em um post entitulado "A deselegância do ministro da Cultura", que pedirá um convite de volta apenas para dar a um mendigo ou desempregado (como, segundo ele, diz a passagem bíblica), só demonstra o quanto ele consegue ser menor e mais deselegante do que o ministro que decidiu não fazer parte da festinha do "Mago". É como picuinha de velha chata ou pirraça de criança idiota, que prefere fazer biquinho na frente de todo mundo pra ficarem com peninha ao invés de aceitar que a vida não é sempre do jeito que a gente gostaria que fosse.
Pena, Ó ilustre, é que o tiro, às vezes, sai pela culatra. E aí a gente prova por a mais b por que pessoas como eu tendem a ficar cada vez mais seletivas, dentro ou fora da internet.
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